Destaques | Abril

Abril, até agora, está a ser o mês ideal para ficar em casa a comer panquecas e a ver o Rambo, mas isto está para melhorar, e apontamos cinco bons argumentos:

O Vinte e Sete continua.
O Festival Internacional de Teatro junta Vila Real e Bragança há 10 anos numa celebração das artes dramáticas. Este ano são 13 companhias e 18 espectáculos.
Da programação completa continuamos a destacar Á Espera de Godot, a 4 de Abril, agora no Teatro de Vila Real, e Édipo, desta vez no Teatro Municipal de Bragança, a 10 de Abril. Ainda para ver, a reinterpretação de Macbeth pela companhia do Chapitô e a adaptação de As Ondas, de Virginia Woolf, pela companhia Causas Comuns.

Lululemon, a 10 de Abril no Café Concerto

Lululemon, a 10 de Abril no Café Concerto

A Covilhete na Mão e o Teatro de Vila Real continuam a fazer das suas.
No Café Concerto podemos ver Lululemon (10/4) e Quelle Dead Gazelle (17/4), sempre com entrada livre como já é habitual. Os Lululemon lançaram o último álbum pela Optimus Discos, Sinharaja, onde exploram uma musicalidade mais extensa, descrevendo ambientes e puxando o espectador numa viagem, a várias velocidades. Quelle Dead Gazelle já é outra conversa, rock contagiante e denso, promete ser daqueles concertos para os quais as pessoas que aparecem só para tomar café não sabem bem o que lhes aconteceu.
Adiantemos também que o Teatro e a Covilhete nos trarão Sequin a 15/5 e a maravilhosa Gisela João a 14/6, tudo com entrada livre.

O Filho da Mãe está no mesmo lugar que os kiwi greens.
A promotora bragançana Dedos Biónicos traz o Filho da Mãe ao Club de Vila Real para um concerto acústico desafiante e ambicioso. É dia 18 de Abril e vale a pena confirmar a relação expressiva, firme e delicada, que ele tem com aquela guitarra, viajar durante vários minutos e segurar no ar, em suspense, um kiwi green com duas palhinhas.

fotografia Duarte Morais para Bandit Room

Há a Semana Académica, mas aquele cartaz Deus-me-livre.
Sobre a Semana Académica falaremos quando o tempo for certo, entretanto enquanto tentas escolher entre Quinta do Bill e Carolina Torres, compra o bilhete para a Bandit Room #5 a 27 de Abril, é uma Bandit mas não é uma qualquer; faz um ano que o projecto arrancou e os bandidos andam a prometer um festão para celebrar como deve ser.

Portugal celebra 40 anos de democracia.
Vamos primeiro ignorar que o 25 de Abril se transformou no maior momento de marketing do governo e que vamos todos ser inundados de cravos, lettering verde, telejornais inteiros dedicados ao tema e, no geral, uma insistência duvidosa em como somos todos tão livres e tão felizes e, em comparação, não temos nada do que nos queixar.
Posto isto, é uma boa altura para pensar o que andamos a fazer com a nossa vida democrática.
Para ajudar com a memória e a reflexão, o Teatro exibe, no dia 25, um documentário simbólico e a UTAD organizou um ciclo de cinema inteiramente dedicado às Revoluções e ao Portugal em Ditadura, tudo com entrada livre.

14 Abril — Natal 71 (52min) + Brandos Costumes (75min), 22h00
25 Abril — Vila Real nos 40 anos do 25 de Abril (40min), 21h30
28 Abril — Maratona Documental Revolução / Revoluções, 22h00
12 Maio — A Costa dos Murmúrios (115min), 22h00
9 Junho — Duas Histórias de Prisão (52min) + Um Adeus Português (82min), 22h00
23 Junho — Quem vai à Guerra (123min) + Cartas a uma Ditadura (60min), 22h00